Na madrugada deste sábado, 10, Zilda Correa Bitencourt, de 57 anos, morreu no Cemitério da Colônia Antão Faria, no interior. A mulher, residente de Restinga Sêca, foi trazida pelo marido e pelo filho para Formigueiro, com o objetivo de passar por um ritual. Segundo os familiares, a vítima sofria a mais de 20 anos, por duas entidades que incorporavam em seu corpo.
Zilda foi recebida em Formigueiro por um casal de irmãos, na manhã de sexta-feira, 09, e passou o dia sendo “atendida” por eles. De acordo com as investigações, ela foi levada duas vezes até o cemitério: a primeira, por volta das 20h, e depois retornado pelas 22h30min, quando ficou até a morte.
Segundo relatos, ela foi agredida, chutada, espancada e teve a cabeça arremessada contra o solo por diversas vezes.
Para a Polícia Cívil, o filho da vítima relatou que os irmãos, de iniciais L. C. B. e N. R. B., amarraram ela em uma cruz e disseram que, após 20 minutos, estaria curada.
O crime foi comunicado a polícia que abordou um veículo que vinha da localidade. No interior do automóvel, Zilda estava sendo levada para o Hospital Dr. Pedro Calil, onde o medido de plantão constatou a morte. O corpo da mulher apresentava vários sinais de agressão.
A Polícia Cívil aguarda o laudo médico que irá apontar as causas da morte. O casal de irmãos foi preso em flagrante, por homicídio doloso e com requintes de crueldades. O pai dos irmãos será indiciado por coautoria, pois, segundo as investigações, ele teria levado todos até o cemitério para a realização do ritual que causou a morte.
Na manhã deste sábado, 10, a Polícia Cívil de Formigueiro foi até o local do crime, onde constatou frasco de bebida alcoólica, velas e marcas, possivelmente de sangue, na cruz onde a vítima teria sido amarrada.
A investigação segue com a PC, sob responsabilidade da delegada Carla Dolores Castro de Almeida, titular da delegacia de São Sepé, que está respondendo por Formigueiro.
Fotos e reportagem: Jornalista Fernando Ramos / Formigueiro Real